Uma operação conduzida por agências de segurança dos Estados Unidos resultou na prisão de 475 trabalhadores envolvidos na construção da nova fábrica da Hyundai, no estado da Geórgia, nesta sexta-feira (5). A unidade, em parceria com a LG Energy Solution, será dedicada à produção de baterias para automóveis e tinha previsão de início das atividades até o final do ano.
Segundo informações do Departamento de Segurança Interna dos EUA (DHS), a ação foi autorizada judicialmente e integra uma investigação sobre práticas de emprego ilegais. As obras no local foram paralisadas após a operação.
Envolvimento de estrangeiros e executivos
De acordo com o jornal Korea Economic Daily, cerca de 560 funcionários podem ter sido detidos, incluindo aproximadamente 300 cidadãos sul-coreanos. Já o The New York Times informou que, além dos trabalhadores, também há executivos entre os detidos.
As empresas Hyundai e LG Energy Solution confirmaram que estão cooperando com as autoridades e que pretendem garantir que todas as atividades sejam conduzidas conforme a legislação norte-americana.
Reação do governo sul-coreano
O governo da Coreia do Sul declarou que os cidadãos detidos estão em um centro de imigração e alfândega dos EUA. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Lee Jae-woong, afirmou em comunicado que “as atividades econômicas das nossas empresas investindo nos Estados Unidos e os interesses dos nossos cidadãos não podem ser violados indevidamente na aplicação da lei dos EUA”.
Contexto político e econômico
A operação ocorre em meio a tensões comerciais entre os Estados Unidos e a Coreia do Sul. Em agosto, Seul anunciou investimentos de US$ 150 bilhões no território norte-americano, sendo US$ 26 bilhões atribuídos à Hyundai.
Desde o retorno de Donald Trump à presidência dos EUA, sua política anti-imigração tem endurecido, resultando em milhares de detenções e deportações.

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