A Polícia Federal iniciou nesta terça-feira (6), e deve encerrar amanhã (7), em João Pessoa, a tomada de depoimentos dos professores Márcio Silva (Biologia) e Daniel Antiquera (Relações Internacionais), ambos da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), investigados por supostas ofensas ao professor Valdiney Gouveia, reitor da instituição.
A PF já abriu sete inquéritos contra docentes, alunos e funcionários da Universidade que criticaram o reitorado e chamaram Valdiney de interventor, que foi nomeado para o cargo em 2020 pelo então presidente Jair Bolsonaro, apesar de ter sido o último colocado nas eleições para reitor. As investigações, que se arrastam há dois anos, apuram pretensos crimes contra a honra do dirigente universitário.
Pelo mesmo motivo, a PF já ouviu professoras Marília Bregalda (Terapia Ocupacional) e Mojana Vargas (Relações Internacionais). Os investigados alegam que são alvos de um processo de criminalização por denunciarem perseguição política e autoritarismo na UFPB desde a nomeação de Valdiney, que não teria instaurado qualquer procedimento interno de apuração antes de recorrer à Polícia Federal.
Uma das investigações envolve denúncia de agressão física ao reitor durante ato de protesto no qual vários alunos teriam sido agredidos por vigilantes da Universidade. Os estudantes registraram boletins de ocorrência na Polícia, com apoio da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil na Paraíba (OAB-PB).
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