O diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, respondeu nesta sexta-feira 22 a cobrança do presidente Lula (PT) sobre mais celeridade na aprovação de medicamentos.
Torres reclamou da redução no número de servidores nos últimos anos e detalhou os esforços que vêm sendo feitos. As declarações foram em uma carta aberta divulgada pelo próprio diretor.
“Com o número insuficiente de trabalhadores e com tarefas que só fazem crescer, o tempo para realização de tais tarefas só pode se tornar mais longo”, disse.
Ele ressaltou ainda que desde a eleição de 2022, a agência enviou 26 ofícios ao governo federal detalhando a situação de falta de pessoal. Ele classificou a fala do presidente como “entristecedora, agressiva e aviltante“.
Durante a inauguração da primeira fábrica brasileira de medicamentos para diabetes e obesidade, Lula cobrou por maior rapidez na aprovação de registros de remédios. “Não é possível o povo não poder comprar remédio porque a Anvisa não libera”, disse.
“Quando algum companheiro da Anvisa perceber que algum parente dele morreu porque o remédio que poderia ser produzido aqui não foi produzido porque eles não permitiram, aí a gente vai conseguir que ela seja mais rápida”, disparou o presidente.
Criada em janeiro 1999, a Anvisa é uma autarquia sob regime especial, com sede e foro no Distrito Federal, mas presente em todo o território nacional por meio das coordenações de portos, aeroportos, fronteiras e recintos alfandegados.
A agência tem por finalidade institucional promover a proteção da saúde da população, por intermédio do controle sanitário da produção e do consumo de produtos e serviços submetidos à vigilância sanitária.
A gerência e a administração da Anvisa são exercidas por uma diretoria colegiada composta por cinco membros, indicados pelo presidente da República e por ele nomeados, após aprovação do Senado.
O atual diretor-presidente da agência, Antonio Barra Torres, começou seu mandato em abril de 2020, no governo de Jair Bolsonaro (PL), e segue no cargo até dezembro deste ano.
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