O delegado de Polícia Civil Helder Lauria afirmou que os laudos de câncer de pele apresentados aos pacientes pela médica Carolina Fernandes Biscaia Carminatti eram adulterados com a ajuda de uma máquina de xerox.
Conforme o delegado Lauria, documentos falsos eram colocados sobre os verdadeiros e, com ajuda do equipamento, eram criadas novas versões dos laudos.
A prática foi confirmada pela perícia final do Instituto de Criminalística do Paraná, que avaliou diversos laudos apreendidos em prontuários e em gavetas do consultório de Caminatti - em Pato Branco, no Paraná.
Os materiais foram encontrados em uma operação realizada em 23 de fevereiro deste ano para apurar emissão de laudos falsos e indicação de cirurgias desnecessárias pela profissional
Questionada sobre a conclusão da perícia, a defesa de Carminatti disse que vai aguardar as conclusões e que não vai "comentar sobre especulações que podem interferir na investigação".
Segundo o delegado, a perícia mostrou que algumas folhas tinham vários diagnósticos diferentes de câncer, que seriam recortados para colar em cima dos diagnósticos originais.
A emissão dos laudos falsos era feita no próprio consultório da médica, afirmou Lauria.
A investigação apurou que nas consultas a médica examinava pintas e manchas dos pacientes e afirmava que algumas poderiam ser cancerígenas. Na sequência, fazia retirada de material e encaminhava para um laboratório.
Na reconsulta, segundo a investigação, ela apresentava ao paciente um laudo falso com diagnóstico de câncer de pele e realizava a ampliação de margem - procedimento em que é retirado pedaço da pele na área suspeita de haver células cancerígenas. Os procedimentos custavam até R$ 13 mil.
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