Numa tarde de terça-feira chuvosa, Yejin prepara o almoço para as amigas em seu apartamento, onde mora sozinha, nos arredores de Seul, feliz e solteira.
Enquanto comem, uma delas mostra em seu telefone um meme popular com um dinossauro que diz “tenha cuidado”. E "não se deixe extinguir como nós."
Elas riem.
“É engraçado, mas é sombrio, porque sabemos que podemos estar causando a nossa própria extinção”, diz Yejin, de 30 anos, produtora de televisão.
Nem ela nem as amigas pretendem ter filhos. Elas fazem parte de um grupo crescente de mulheres que escolhem uma vida sem eles.
A Coreia do Sul tem a taxa de natalidade mais baixa do mundo, que continua caindo, batendo o próprio recorde surpreendentemente baixo ano após ano.
E os números divulgados na última quarta-feira (28/2) mostram que essa caiu mais 8% em 2023, para 0,72.
Esse é o número de filhos que se espera que uma mulher tenha durante a vida. Para que uma população se mantenha estável, ele deveria ser 2,1.
Se a tendência continuar, estima-se que a população da Coreia do Sul cairá pela metade até o ano 2100.
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