Não conquistou o Óscar de Melhor Atriz pelo papel em “A Substância”, mas, em contrapartida, Demi Moore foi eleita, aos 62 anos,anos, a mulher mais bonita do mundo pela revista “People”.
A atriz e modelo norte-americana recebeu, pela primeira vez, o título de World’s Most Beautiful, uma celebração anual das “estrelas que redefinem a beleza, vivem a vida nos seus próprios termos e nos inspiram ao longo do caminho”. Para a “People”, que lançou a iniciativa em 1990, Demi Moore é um “ícone de beleza há muito tempo” que provou “que nunca se sentiu tão confortável consigo mesma”.
Em entrevista à revista norte-americana, a estrela de filmes como “Os Anjos de Charlie: Potência Máxima”, “Striptease” e “Ghost” revelou que segue várias rotinas de cuidado de beleza, mas falou também sobre a sua vida íntima. Quando foi questionada sobre como é envelhecer em Hollywood, a atriz admite que tem “um enorme apreço por tudo o que corpo passou”.
“Tal não significa que às vezes me olhe ao espelho e não diga: meu Deus, pareço velha, ou o meu rosto está a descair”, confessa. Para a norte-americana, “a beleza surge do conforto de ser exatamente quem somos”, mas chegar a esse pensamento foi um processo.
Em miúda, confessa que “não era nada atraente” e chegou mesmo a fazer “coisas malucas” com o corpo, como pedalar de Malibu até Paramount, que estão separadas por 42 quilómetros de distância. “Tudo porque dava tanto valor à minha aparência exterior. Acho que a maior diferença hoje é que tem muito mais a ver com a minha saúde geral, longevidade e qualidade de vida”.
“Acho que evoluí para uma gentileza maior comigo mesma. Era muito dura e tinha uma relação antagónica com o meu corpo. Estava apenas a punir-me”, revela a atriz, que hoje diz ter uma “relação muito mais intuitiva e relaxada” com o corpo. Não come carne, mas por vezes ainda bebe Red Bull e não se sente culpada por isso.
Outro fator que a ajudou a melhorar a sua relação com o corpo foi perceber a “importância do sono”. A meditação e um diário são elementos que fazem parte da sua rotina para melhorar a saúde mental.
Durante a entrevista, a atriz recordou ainda o momento em que conseguiu o papel para “General Hospital”, pouco antes de fazer 19 anos. Foi aí que percebeu que talvez pudesse ter sucesso como atriz. “Era um emprego de verdade, onde teria um salário de verdade, o que significa que não precisaria de outro emprego”.
Passaram-se 40 anos desde então e continua a brilhar nos ecrãs do cinema e da televisão. Um dos seus trabalhos mais recentes foi “A Substância”, onde interpretou Elisabeth Sparkle, uma estrela de Hollywood demitida de um programa de televisão por causa da sua idade.
Moore confessou que o papel refletiu muito daquilo que viveu na sua carreira. “Quando era mais nova, punha muita pressão em mim própria e passei por experiências em que me pediram para perder peso. Era humilhante, mas o mais absurdo era o que eu fazia para cumprir essas exigências”, contou à estação CBS News.
As gravações de “A Substância” foram quase como uma sessão de terapia para a atriz. O facto de o papel incluir cenas de nudez proporcionou-lhe um “certo sentimento de liberdade” e, acima de tudo, a oportunidade de explorar a desconstrução da aparência e da perfeição física, que são temas centrais na produção, confessou à “Inside”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário