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domingo, 10 de novembro de 2024

Resistência a antibióticos pode causar mais de 39 milhões de mortes até 2050, aponta estudo

 


A revista científica The Lancet divulgou recentemente um estudo preocupante. Estima-se que mais de 39 milhões de pessoas no mundo possam morrer nos próximos 25 anos em razão de infecções resistentes a antibióticos. Nada menos que 1,56 milhão de óbitos projetados por ano em decorrência desse fenômeno.

Essas infecções, não tratáveis pelos antimicrobianos atuais, superarão as mortes causadas por câncer e afetarão mais pessoas do que doenças como a Aids e a malária. Algo alarmante, e que exige providências imediatas.


A preocupação a microrganismos já vem de longa data. Alguns hábitos da população, as prescrições médicas incorretas e o desserviço prestado por alguns “pseudomédicos” explicam o motivo de o número de casos de resistência a antibióticos subir a cada ano.


O princípio é o mesmo da teoria da evolução. Conforme os organismos são expostos a uma determinada substância, eles se adaptam para poder sobreviver e, eventualmente, se reproduzir.


A vigilância médica e epidemiológica é fundamental para definir, mediante culturas de sangue, urina e outros materiais, a sensibilidade ou a resistência dos antibióticos disponíveis. A prescrição deve ser correta, nas doses certas, intervalos regulares e por períodos adequados.

Na pandemia do COVID-19, motivada pela gravidade de muitos casos, o uso de antibióticos foi amplificado, às vezes de forma inadequada, contribuindo ainda mais para o surgimento de agentes infecciosos intratáveis.


Adicionalmente, existe uma forma simples e eficiente de evitar a propagação das bactérias, algo que chega a ser até subestimado: lavar as mãos. A higienização correta evita que esses microrganismos se reproduzam e que sejam levados de um lugar para outro.

Apesar de inúmeras campanhas e de treinamentos envolvendo profissionais de diversos setores, esse ainda é um problema que persiste. Um ato tão simples e que pode evitar uma série de doenças.


Em 1928, Alexander Fleming descobriu o primeiro antibiótico, a penicilina. Muitos imaginaram que era o fim das infecções bacterianas. O que se viu durante todos esses anos foi o desenvolvimento de novas classes de antimicrobianos.



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