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sábado, 31 de agosto de 2024

Carne, feijão, laranja: maior seca dos últimos 44 anos deve encarecer alimentos, dizem especialistas



A carne bovina, o feijão, a laranja e outros alimentos devem ficar mais caros por causa da seca, que é a maior dos últimos 44 anos, segundo o levantamento do Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden) feito a pedido do g1.


De acordo com o estudo, a estiagem já se prolonga por 12 meses, e os efeitos acumulados refletem na agropecuária brasileira.


A falta de chuvas prejudica, principalmente, pequenos produtores, que, em sua maioria, são aqueles que não possuem um sistema de irrigação, explica Ana Paula Cunha, especialista no monitoramento de secas do Cemaden.


No Brasil, apenas cerca de 13% da área da agricultura utiliza este tipo de estrutura. São os grandes produtores focados na exportação. Mas é a agricultura familiar a principal responsável pelo alimento que chega até a mesa do brasileiro, correspondente a cerca de 70% dessa quantia.


Vale destacar que o clima seca favorece a proliferação de incêndios, que em São Paulo, por exemplo, provocou grandes prejuízos nas lavouras de cana-de-açúcar.


Nesta época do ano, grande parte dos alimentos estão no período de entressafra, por isso, a reportagem optou por acompanhar o cenário da criação bovina de pasto. Além do feijão, que está na época de safrinha e da laranja, que vem sofrendo com a seca há 5 anos.

Feijão ​🫘


A escassez de chuvas tem prejudicado a produção brasileira de feijão carioca, o mais produzido e consumido no país.


Segundo Marcelo Lüders, presidente do Instituto Brasileiro de Feijão e Pulses (Ibrafe), das últimas 10 safras, cerca de 8 foram perdidas devido à estiagem.


“Tem se perdido muito mais feijão com falta de chuvas do que com excesso”, descreve.

Ele explica que, como o ciclo de cultivo do feijão é curto (dura em torno de 70 dias), mesmo pequenos períodos sem chuva podem comprometer a plantação. Isso porque, mesmo que ele não precise de muita água, se ela não vier na época necessária, o grão não vai vingar.


Além disso, Lüders destaca que a seca facilita a proliferação de pragas no feijão, em especial, o mosaico-dourado, doença viral transmitida pelo inseto



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