O Brasil tem avançado na implementação do Real Digital, o Drex, com testes e debates em sociedade. E, em meio a esse cenário, metade dos brasileiros acredita que em 10 anos o papel-moeda vai acabar, segundo a pesquisa “Da Cédula ao Drex: a evolução do real em 30 anos”, do Mercado Pago em parceria com o Instituto Brasileiro de Pesquisa e Análise de Dados (Ibpad).
Contudo, somente 36,5% veem a criação de uma moeda digital única como benéfica para o país e cerca de 4 em cada 10 pessoas ainda não sabem se migrarão rapidamente para o Drex.
Em junho deste ano, o Banco do Brasil divulgou que começou a testar uma plataforma que facilita a interação com a moeda digital do Banco Central (BC), que se encontra em período de teste e deve ser lançada em 2025.
Segundo Ignacio Estivariz, vice-presidente de Banco Digital do Mercado Pago no Brasil, existe muita curiosidade em torno do Real Digital, em vista de ainda não ter sido lançada.
“Após o lançamento, será essencial trabalhar no educacional para explicar à população quais os benefícios e qual será o papel do Drex no sistema de pagamentos”, acrescenta.
Já para Caroline Capitani, vice-presidente de Estratégia e Inovação da consultoria de tecnologia ilegra, o Drex ainda levanta alguns questionamentos em relação à confiabilidade e segurança para o público, como o risco de fraudes e hacks, além de insegurança sobre a estabilidade.
“As pessoas podem temer a possibilidade de mudanças nas políticas governamentais que afetem a moeda (…) Muitos ainda não entendem completamente o que é uma moeda digital como o Drex, como ela funciona e quais são seus benefícios e riscos”, diz.
Na mesma medida que há um avanço na facilitação dos pagamentos por meio de uma plataforma digital, existe também um acesso maior aos serviços financeiros.
Conforme o levantamento, 66% dos brasileiros se consideram total ou parcialmente incluídos financeiramente, sendo que quase 8 em cada 10 já possuem conta em alguma instituição financeira.
Nenhum comentário:
Postar um comentário