Os militares ucranianos disseram nesta terça-feira (21) que destruíram o último navio de guerra russo armado com mísseis de cruzeiro que estava atracado na península da Crimeia, que está ocupada por Moscou, durante uma operação no fim de semana.
Segundo a Ucrânia, um ataque de longo alcance destruiu um navio da Marinha russa de varredura de minas no domingo (19). Ainda assim, precisavam de mais tempo para confirmar o que mais havia sido danificado.
“De acordo com informações atualizadas, as forças de Defesa ucranianas atingiram um navio de mísseis russo do projeto 22800 Tsiklon em Sebastopol, na noite de 19 de maio”, afirmou o Estado-Maior da Ucrânia.
A Marinha ucraniana pontuou posteriormente em comunicado no X que o navio havia sido “destruído”. A Reuters não conseguiu verificar as declarações de forma independente. Não houve comentários imediatos do lado russo.
No domingo, o ministério da Defesa da Rússia destacou que suas forças derrubaram nove mísseis ATACMS fabricados pelos Estados Unidos sobre a Crimeia.
O governador empossado pela Rússia na área, Mikhail Razvozhayev, ressaltou que ninguém ficou ferido no ataque, mas que alguns edifícios residenciais foram danificados.
O porta-voz da Marinha ucraniana, Dmytro Pletenchuk, comentou que o Tsiklon foi o “último porta-mísseis de cruzeiro” da Rússia na península, que Moscou capturou e ocupou em 2014.
De acordo com o ministério da Defesa russo, ele foi construído em um estaleiro de Kerch e entrou em serviço de combate em junho passado.
Entretanto, o Tsiklon nunca disparou um míssil de cruzeiro enquanto estava em serviço ativo, disse o porta-voz durante fala na televisão.
Sem uma frota naval própria poderosa, a Ucrânia realizou ataques com mísseis e drones navais contra navios russos no Mar Negro.
A Marinha da Ucrânia observou que os ataques fizeram a Rússia a transferir a maior parte da sua frota do Mar Negro para longe da península da Crimeia.
Pletenchuk afirmou que, dos cinco navios de guerra do projeto 22800 da Rússia, dois foram destruídos, dois foram enviados ao Mar Cáspio e um está atualmente em um estaleiro.
Autoridades de Kiev dizem que os ataques permitiram à Ucrânia minar a capacidade de Moscou de realizar ataques com mísseis em território ucraniano a partir do mar.
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