Fruta presente no dia a dia dos paraibanos, o abacaxi é sinônimo de economia e rentabilidade para o estado. Na Paraíba, a abacaxicultura chega a movimentar mais de R$360 milhões anualmente, com uma colheita de 275 milhões frutos, de acordo com os dados da última pesquisa na área realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2022.O estado segundo maior produtor de abacaxi do Brasil.
As cidades de Pedras de Fogo e Itapororoca lideram a produção do fruto no estado.
O suco de abacaxi foi o segundo produto mais exportado no mês de abril deste ano e atingiu US$ 787 mil, conforme relatório da balança comercial da Paraíba, produzido pelo Centro Internacional de Negócios (CNI). Estados Unidos, Argentina, Espanha, Filipinas e os Países Baixos são os principais compradores do produto.
Junto aos municípios de Araçagi, Curral de Cima, Lagoa de Dentro e Santa Rita, Pedras de Fogo e Itapororoca, por serem representativas na produção do abacaxi, fazem parte do Programa de Desenvolvimento Territorial do Banco do Nordeste, que introduziu o Plano de Ação Territorial (PAT) que abarca abacaxicultura nas regiões Agreste e Mata da Paraíba.
Entre as estratégias do PAT está a realização de um monitoramento segmentando pelos principais elos da cadeia produtiva que são: insumo, produção, beneficiamento e comercialização. Também são mapeados os principais gargalos enfrentados nesses processos. Tudo isso ajuda na construção de objetivos estratégicos que são transformados em ações que são trabalhadas por cada um dos que compõem o PAT.
A fazenda São José, localizada no sítio São José, na zona rural de Itapororoca, a 66 km de João Pessoa, é um dos locais de produção que está incluído no PAT. A fazenda tem 35 hectares e está se especializando no cultivo orgânico do abacaxi do tipo pérola. Do total da área, oito hectares possuem frutos já no período próximo da colheita, cuja primeira etapa ocorre neste mês de maio.
Estávamos procurando um segmento para atuar que se diferencia dos outros produtores e um mercado em que o os preços não sofressem tanta variação. A produção convencional muda rapidamente, queríamos um mercado que pagasse melhor, mas que também abordasse o aspecto ambiental, de fazer algo que preservasse e não degradasse o solo e o meio ambiente. Vimos que a produção orgânica seria o caminho”, comentou o proprietário e gestor da fazenda, Tobias Lopes..
Foram realizados muitos estudos até o produtor destinar uma área para implementação e fazer a transição do plantio convencional para o orgânico. O trabalho vem sendo realizado há três anos e há dois é feita a certificação de produto orgânico, que é válida para todo Brasil. Para receber a certificação é necessário seguir os protocolos exigidos pela legislação, a exemplo do manejo do solo e da água, preservação das áreas de reserva ambiental.
A expectativa é de que a primeira colheita da safra deste ano renda em média 6 mil frutos. Para o final do ano são esperados entre 90 a 100 mil abacaxis, com peso superior a 1,4kg e também os abacaxis menores, de até 1,2 kg. O faturamento pode chegar a R$500 mil.
Foram realizados muitos estudos até o produtor destinar uma área para implementação e fazer a transição do plantio convencional para o orgânico. O trabalho vem sendo realizado há três anos e há dois é feita a certificação de produto orgânico, que é válida para todo Brasil. Para receber a certificação é necessário seguir os protocolos exigidos pela legislação, a exemplo do manejo do solo e da água, preservação das áreas de reserva ambiental.
A expectativa é de que a primeira colheita da safra deste ano renda em média 6 mil frutos. Para o final do ano são esperados entre 90 a 100 mil abacaxis, com peso superior a 1,4kg e também os abacaxis menores, de até 1,2 kg. O faturamento pode chegar a R$500 mil.
Os frutos colhidos na fazenda tem destinos variados. Ano passado, por exemplo, a safra foi vendida para supermercados e também distribuidoras de João Pessoa e Recife, capital pernambucana. Esse ano os abacaxis colhidos serão vendidos para distribuidores do estado de São Paulo, que compram em grande volume.
“O mercado orgânico aqui no Brasil ainda está numa etapa inicial, mas já tem sinais de evolução. Porém aqui no Nordeste é bem pior. No Sudeste, além do aumento da demanda, o valor de consumo e da conscientização a respeito da relevância do orgânico é mais elevada”, detalha.
“O mercado orgânico aqui no Brasil ainda está numa etapa inicial, mas já tem sinais de evolução. Porém aqui no Nordeste é bem pior. No Sudeste, além do aumento da demanda, o valor de consumo e da conscientização a respeito da relevância do orgânico é mais elevada”, detalha.
De olho no turismo rural, a Fazenda São José foi incluída no Circuito Turístico da cidade de Itapororoca e esporadicamente recebe grupos de pessoas que querem conhecer os pontos turísticos e estudantes à procura de saber na prática como funciona o trabalho realizado na fazenda.
Tobias faz visitas guiadas e explica como é o manejo do solo, como funciona o sistema de produção orgânica, a produção de insumos, além de abordar assuntos sobre a sustentabilidade. Quando está na época de abacaxi maduro é realizada degustação da fruta e do suco.
Tobias faz visitas guiadas e explica como é o manejo do solo, como funciona o sistema de produção orgânica, a produção de insumos, além de abordar assuntos sobre a sustentabilidade. Quando está na época de abacaxi maduro é realizada degustação da fruta e do suco.
As pessoas têm curiosidade de saber como é o cultivo do abacaxi, algumas pensam que o abacaxi nasce em uma árvore e gostam de saber como é, e principalmente quando se trata de um fruto orgânico”, concluiu o gestor da fazenda, Tobias Lopes.
Produção Convencional
Há mais de 47 anos José Soares Oliveira iniciou o plantio de abacaxi no sítio Lagoa de Fora, no município de Itapororoca. Com o passar dos anos, os filhos José Nilson Oliveira e José Vanderlei Oliveira prosseguiram com o cultivo da fruta.
Ao todo são 20 hectares de área plantada do abacaxi tipo pérola, que de acordo com o José Nilson, é o mais aceito no Brasil por ser mais doce e suculento.
“Em outros países, por exemplo, é mais consumido o tipo MB2 que tem uma textura tipo massuda e gosto mais aguado, comparado à laranja mimo do céu. Esse é produzido em lugares específicos no país e são quase específicos para exportação para países da Europa”, frisou.
O plantio do abacaxi convencional na propriedade começa no mês de novembro e vai até março, e é mantido com irrigação a cada 15 dias no período do verão. A colheita demora bem menos que a produção orgânica, entre 12 e 14 meses.
Produção Convencional
Há mais de 47 anos José Soares Oliveira iniciou o plantio de abacaxi no sítio Lagoa de Fora, no município de Itapororoca. Com o passar dos anos, os filhos José Nilson Oliveira e José Vanderlei Oliveira prosseguiram com o cultivo da fruta.
Ao todo são 20 hectares de área plantada do abacaxi tipo pérola, que de acordo com o José Nilson, é o mais aceito no Brasil por ser mais doce e suculento.
“Em outros países, por exemplo, é mais consumido o tipo MB2 que tem uma textura tipo massuda e gosto mais aguado, comparado à laranja mimo do céu. Esse é produzido em lugares específicos no país e são quase específicos para exportação para países da Europa”, frisou.
O plantio do abacaxi convencional na propriedade começa no mês de novembro e vai até março, e é mantido com irrigação a cada 15 dias no período do verão. A colheita demora bem menos que a produção orgânica, entre 12 e 14 meses.
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